sábado, 21 de agosto de 2010

Rascunhos;


' a escrivaninha acumula diversas histórias inacabadas, descritas em papeis, que agora, amarrotados ocupam grande parte dela. Algumas frases sem sentido - pra você seria, claro. Mas pra mim sempre fazem total sentido -, trechos iniciados, e interrompidos por erros, ou pelas palavras que ficaram sem rumo, quando não mais conseguia expressar os pensamentos... Então, com um gesto impaciente, aperto, comprimo, e coloco mais um papel junto com todas aqueles rascunhos de um processo de criação mal elaborado.. Releio algumas das muitas folhas amarfanhadas, e lembro de algo assim "Somos capazes de amarrotar sentimentos, tal como se fossem feitos de papel." Sorrio. "Engraçado como hoje isso faz total sentido" digo em voz alta, e não ouço nenhuma resposta, nenhum som, a não ser o barulho impaciente do relógio. E penso então, que um sentimento amarrotado, nunca volta a ser o mesmo, sempre lhe sobra cicatrizes, e machucados. Igual a folha, que fica enrugada, mesmo que você passe horas alisado-a, na tentativa de fazer com que ela volte a ser a mesma de antes, mas nunca volta. Agora, se já não bastasse a escrivaninha, cheia dos tais papeis, o chão contem algum ou outro amassados,que mal consigo ler algumas palavras e frases, que me faz rasurar mais papeis ainda, na esperança de reescrever e dar continuidade naquilo que na primeira tentativa tinha ficado sem nexo. E agora, pego mais uma folha, que ainda pálida, me olha, enquanto balanço a caneta entre os dedos. Seu futuro é incerto. e vejo que vou começar tudo de novo...
*Bá

Um comentário:

  1. Esse texto é meu rs. Coloque os devidos créditos, ok? (http://nafaltadoquefalar.blogspot.com/) Obrigada.

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